Os Principais Frameworks de C2 para Penetration Testing: Um Guia Completo

Os Principais Frameworks de C2 para Penetration Testing: Um Guia Completo

No mundo da Segurança da Informação, os frameworks de Command and Control (C2) desempenham um papel fundamental em operações de penetration testing, simulações de ataques e Red Teaming. Esses frameworks permitem a comunicaçção entre o operador e os sistemas comprometidos, possibilitando a execução de comandos, coleta de informações e manipulações mais complexas. Neste artigo, vamos explorar cinco dos principais frameworks de C2 utilizados por profissionais da área: Sliver, Mythic, Havoc, Covenant e Empire.


1. Sliver: Modernidade e Foco em Stealth

O Sliver é um framework moderno que ganhou destaque devido ao seu foco em operações stealth e à integração com técnicas avançadas, como o Malleable C2. Essa funcionalidade permite personalizar o tráfego de comunicação, tornando-o mais difícil de ser detectado por ferramentas de segurança.

Pontos Fortes:

  • Stealth Avançado: Integração nativa com Malleable C2.
  • Flexibilidade: Ideal para cenários modernos e ataques sofisticados.
  • Poderosa CLI: Apesar de intimidar iniciantes, a interface de linha de comando oferece enorme controle para operadores experientes.

Exemplo de Uso:

Imagine uma organização fictícia chamada TechNova, especializada em tecnologias de saúde. Durante uma simulação de ataque, você utiliza o Sliver para implantar agentes em máquinas Windows com alta probabilidade de monitoramento de tráfego. Após configurar um perfil personalizado Malleable C2 (generate beacon -profile healthtech.profile -os windows), você executa comandos para mapear a rede sem ser detectado por ferramentas de segurança.

Dica de Uso:

Para iniciantes, invista tempo na documentação e tutoriais básicos. Utilize as técnicas de obfuscação e evasão para testar a resiliência de ferramentas de defesa modernas.


2. Mythic: Personalização e Modularidade

O Mythic se destaca pela sua abordagem modular e pela interface intuitiva. Desenvolvido para oferecer uma experiência mais amigável, é frequentemente utilizado em operações complexas que demandam customização.

Pontos Fortes:

  • Interface Gráfica: Facilita o aprendizado para iniciantes.
  • Modularidade: Suporte a módulos customizados, permitindo a criação de agentes sob medida.
  • Documentação Robusta: Recursos detalhados para iniciantes e avançados.

Exemplo de Uso:

No cenário fictício da AlphaFinance, uma fintech global, o Mythic é usado para criar um payload exclusivo para MacOS (create payload -type apfell -os macos -callback_host 192.168.1.10). O objetivo é testar como sistemas da empresa reagem a ataques direcionados em dispositivos utilizados pelos executivos, garantindo que a operação seja indetectável.

Dica de Uso:

Aproveite a interface gráfica para prototipar rapidamente operações. Explore módulos adicionais para atender às necessidades específicas de cada teste.


3. Havoc: Evasão de EDRs e Modernidade

O Havoc é uma ferramenta relativamente nova, mas que rapidamente se tornou popular devido ao seu foco em evasão de ferramentas de detecção como os EDRs (Endpoint Detection and Response). Sua estrutura leve e moderna o torna ideal para simulações de ataques sofisticados.

Pontos Fortes:

  • Evasão: Baixo nível de detecção por ferramentas de segurança.
  • Design Moderno: Fácil de configurar e operar.

Exemplo de Uso:

Em uma operação fictícia para a CyberCorp, o Havoc é configurado para explorar servidores vulneráveis em uma filial remota. Um agente com baixa detecção é criado (generate -profile evasive.profile -arch x64) e utilizado para testar a resposta dos EDRs instalados na infraestrutura. O resultado ajuda a equipe de segurança a melhorar as políticas de defesa.

Dica de Uso:

Utilize o Havoc em cenários onde a detecção é crítica. Teste sua capacidade de evadir EDRs atualizados e avalie como ele pode simular ataques do mundo real.


4. Covenant: Foco em Redes Windows e AD

O Covenant é amplamente reconhecido por seu foco em redes baseadas em Windows, incluindo suporte avançado para ambientes de Active Directory (AD). Construído em C#, ele se integra perfeitamente ao ecossistema .NET, mas exige conhecimento prévio nessas tecnologias.

Pontos Fortes:

  • Especialização em Windows: Funcionalidades otimizadas para redes baseadas em AD.
  • Integração com .NET: Suporte para scripts customizados em C#.

Exemplo de Uso:

No contexto da empresa fictícia DataSecure Ltd, o Covenant é empregado para simular um ataque em um ambiente Windows com AD. O operador cria um listener para capturar credenciais administrativas (New-CovenantListener -Name ADListener -Port 443) e realiza movimentações laterais no ambiente, testando a capacidade de detecção da organização.

Dica de Uso:

Para operadores experientes em Windows, explore os recursos para auditorias em AD e ataques a credenciais. Certifique-se de estar familiarizado com a linguagem C# e suas bibliotecas.


5. Empire: O Veterano Poderoso

O Empire é um dos frameworks de C2 mais antigos e respeitados. Baseado em PowerShell e Python, ele oferece uma base sólida para operações, mas pode ser mais desafiador para quem busca configurações avançadas.

Pontos Fortes:

  • Base Sólida: Focado em PowerShell e Python.
  • Versátil: Ampla gama de módulos e funcionalidades para diferentes cenários.

Exemplo de Uso:

Em uma operação fictícia para a GreenTech Solutions, o Empire é utilizado para testar a resposta da equipe de segurança a scripts baseados em PowerShell. Após configurar um agente com o comando usemodule stager/windows/launcher_bat -Listener empire_listener, o operador executa tarefas automatizadas para obter acesso a dados sensíveis.

Dica de Uso:

Combine o Empire com outras ferramentas para criar cenários mais completos. Dedique tempo para configurar módulos e stagers conforme os requisitos específicos do cliente ou organização.

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